Com o fim das olimpíadas do Rio, o imbróglio envolvendo a reabertura do Maracanã evidencia mais uma vez a necessidade do Flamengo em ter uma casa. A dependência do clube a fatores externos e alheios para que possa jogar em sua cidade natal não deve perdurar por muito tempo. Após quase 121 anos de existência, o maior problema do Mais Querido parece estar se encaminhando para um fim. Mas qual seria esse fim?
O debate quanto à utilização do Maracanã ou a construção de um novo estádio é fato constante entre rubro-negros. A atual diretoria, apesar de se mostrar adepta ao lema “O Maraca é nosso”, possui ainda outras frentes quando o assunto é estádio próprio.
Como uma forma de adicionar elementos a este debate, listo abaixo todas as possibilidades que foram ventiladas na imprensa recentemente em relação a “nova” casa do Mengão.
1) Gestão do Maracanã
A atual diretoria acredita plenamente que o Flamengo tem condições de gerir o Maracanã, seja sozinho ou em parceria com outro clube. Peter Siemsen, atual mandatário do Fluminense, tem boa relação com os diretores do Flamengo e já se mostrou favorável a uma parceria entre os clubes para a gestão conjunta do Complexo Maracanã.
O último capítulo desta novela indicava um possível repasse do atual consórcio (composto majoritariamente pela Odebrecht, além de 5% da AEG) para a prefeitura do Rio. Segundo o atual prefeito, Eduardo Paes, se confirmado esse repasse, a prefeitura iria prontamente transferir a gestão do Maracanã aos clubes cariocas que se mostrassem interessados.
Com contrato assinado com o atual consórcio até o final de 2016, a diretoria rubro-negra pressiona governo e Odebrecht para poder realizar a partir de 25 de setembro, todos os jogos como mandante no estádio.
2) Estádio de rugby em Deodoro
Confirmado pelo próprio Eduardo Bandeira de Mello em entrevista recente a FlaTV, o interesse do Flamengo neste projeto é real. Porém, deve ficar claro para a nação, que o Flamengo não pretende utilizar o estádio de Rugby da forma em que se encontra atualmente.
Construído para as Olimpíadas Rio 2016, o estádio possui arquibancadas feitas de estruturas tubulares, ou seja, desmontáveis. Assim, o interesse do Mais Querido seria em relação apenas ao espaço onde está localizado o estádio, onde uma nova arena seria construída, com capacidade para até 35 mil pessoas.
O grande problema desta opção é que esta área é de propriedade militar. Portanto, a liberação do terreno não dependeria apenas da prefeitura, mas também dos militares, o que tornaria a negociação ainda mais difícil.
3) Projeto de arena em Guaratiba
Tratado como bastante ambicioso, o projeto da arena em Guaratiba previa a construção de uma arena para 50 mil torcedores, além de um amplo estacionamento, shopping e até uma escola. As informações ventiladas na imprensa ocorreram graças ao vazamento de fotos e vídeos de uma reunião que aconteceu na Gávea. Na ocasião, uma empresa apresentou o projeto para um grupo de estudos formado por dirigentes do clube para a avaliação de possíveis estádios.
Como possui termo de confidencialidade, não houve novas informações a respeito deste projeto. Assim, não é claro se a diretoria ainda estuda essa possibilidade ou se a possível arena em Guaratiba caiu no esquecimento.
Vale ressaltar que uma parcela dos torcedores rubro-negros foi contra a construção desta arena, tendo em vista a localização. Guaratiba é uma região bastante distante dos principais bairros do Rio de Janeiro, o que dificultaria o transporte de grande parte da nação para o estádio.
4) Arena Multiuso McFla
Caso algum torcedor rubro-negro ainda não esteja ciente, a arena multiuso que deverá ser construída na Gávea não servirá para o futebol. Seria um projeto de arena de pequeno porte, comportando até 3.500 pessoas, servindo principalmente para a equipe de basquete do Flamengo.
Já com as questões burocráticas bastante adiantadas, a construção da arena McFla se aproxima da realidade para dirigentes e torcedores. Em parceria com a rede de fast-food McDonald’s, a arena seria construída com equipamentos de última geração e viraria um alçapão para os ótimos jogos de basquete da equipe rubro-negra. Seria uma bela casa para o “Orgulho da Nação”.
É claro que, além dos apresentados, outros projetos dos quais não temos conhecimento podem estar em pauta pelos corredores da Gávea. A diretoria rubro-negra, através do tal grupo de estudos para estádio, deve ter diversas frentes para que o maior desgosto da imensa nação rubro-negra chegue ao fim. Seria a cereja do bolo do ótimo trabalho que a atual diretoria vem fazendo no clube.
Parece que os dias de gozação da torcida arco-íris em relação a não termos um estádio próprio estão próximos do fim.
Bruno Petrocelli
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