quarta-feira, 27 de julho de 2016

Héber admite erro grotesco contra o Flamengo diante do Corinthians.



Londrina, 1985. Um garoto de 13 anos acompanha um jogo de futebol amador perto de casa. O juiz não dá as caras, e ele é chamado pra botar ordem no duelo. Vai bem e começa um caminho que décadas depois tem recorde de jogos apitados no Campeonato Brasileiro, decisão de Copa América, agressão, polêmicas e até tiros. Aos 44 anos, Heber Roberto Lopes iniciou na última semana a arrancada final. Vai pendurar o apito quando chegar aos 45 anos de idade, sendo 22 deles dedicados ao futebol profissional.


Apesar da imensa blindagem aos árbitros, Heber aceitou falar com a reportagem do GloboEsporte.com sobre tudo, da careca concebida num réveillon há 15 anos ("uma cagad*", confessa) ao time do coração, o Londrina, que ele pede à Comissão de Arbitragem para não apitar os jogos. A final da Copa América, as reclamações de chilenos e argentinos, o pênalti perdido por Messi "quase fora do estádio" e a mentirosa farra com mulheres ("mulherada feia", destacou) publicada por um jornal peruano ainda estão na memória, assim como o equívoco assumido nesta entrevista naquele tão falado carrinho de Fágner em Ederson no Corinthians 4 x 0 Flamengo de dias depois.

– Cometi um equívoco.

Com 312 jogos de Série A de Campeonato Brasileiro – um recorde –, quatro finais de Copa do Brasil, 103 partidas de jogos Fifa e Conmebol, entre outras marcas, Heber revisitou a carreira em seus muitos momentos. Desde o início na Vila Recreio, em Londrina, onde ainda adolescente era apelidado de "Satanás" (nota: ele não gosta da alcunha que pegou quando o irmão assim o chamou após a fuga de um castigo), teve muitas vezes a segurança garantida por tiros de escopeta de uma senhora de 80 anos, passando por momentos tensos no futsal paranaense, como o dia em que foi agredido por um treinador e por torcedores em Arapongas, até o futebol profissional, com escalas em sequência que o permitem atualmente viver apenas do esporte.

As lembranças da mãe – Ursulina Roberto Lopes –, falecida em 2012, são muitas. Da oposição ao trabalho de árbitro no início para o apoio total na sequência, servindo de motorista do filho que trocou as caneleiras pelo apito. A perda do pai – Brasil Fonseca Lopes – no mesmo ano da mãe, ainda dói. E a força vem muito do casamento com Ana Paula Lopes, esposa que já sofreu muito assistindo aos jogos do marido – e, por consequência as tradicionais críticas aos árbitros. Hoje, Heber aconselha que não veja as partidas para assim ficar longe dos calmantes.

Na reta final de carreira, Heber já planeja o próximo passo. Estudante de jornalismo, falta pouco para fechar o curso e se candidatar a uma vaga como comentarista de arbitragem. Mas ele abre o leque, e virar treinador é uma das possibilidades. "Por que não?", questiona. Afinal, futebol é sempre complicado. E isso ele está careca de saber.

Reclamações do Flamengo sobre o carrinho de Fágner em Ederson na Arena Corinthians

– Seria importante poder depois do jogo dar uma entrevista coletiva. Eu estava na jogada, muito bem posicionado. No momento que acontece o choque, não há nenhum tipo de reclamação. A não ser do treinador no pós-jogada, porque eu sinalizo canto, o jogador fica no solo e ninguém reclama. O Alan Patrick está perto de mim, por exemplo. Ninguém questiona nada. Obviamente, após o choque, quando chegamos e visualizamos o jogador no chão, a gente viu que houve o choque. Depois, obviamente, eu fui cobrado pela comissão da CBF. Nós temos um avaliador de vídeo e chegamos à conclusão de que houve a falta e era punível com o cartão amarelo. Eu cometi um equívoco. Essas coisas acontecem, mas não era para tanto (A reclamação posterior do Flamengo). Tanto é que que um comentarista renomado, no momento da jogada, teceu um comentário. Depois, num programa esportivo nacional, pediu desculpa porque disse que, no jogo, ele tinha se equivocado. Para você ver como é que é. E nós temos dois segundos pra decidir se marca ou não marca. Mas realmente houve o choque e o jogador deveria ter recebido a sanção disciplinar e técnica. Mas o cenário poderia ser um pouco diferente em relação ao comportamento dessas pessoas.

Sobre Zé Ricardo, técnico do Flamengo, ter sido expulso

Foi citado em súmula também. Não foram palavras, mas gestos. Eu classifiquei como excesso. Solicitei que parasse por duas vezes e ele não parou. Sabemos que o árbitro tem que ter autoridade, não autoritarismo. E naquele momento eu poderia perder o controle do jogo. Se eu permito aquela situação, eu estaria permitindo a todos os jogadores que tivessem a mesma atitude.

Sobre Rodrigo Caetano

Foi uma reclamação, apenas duas palavras que estão na súmula. E logo em seguida ele saiu para o vestiário e não tivemos problemas mais. Não sei o que passa na cabeça desse cidadão, mas creio que está inerente ao cargo de diretor de futebol. Eu tenho que respeitá-lo desde que ele respeite o meu trabalho. Há maneiras e maneiras de reclamar e não concordar com uma situação. Mas num linguajar mais popular. Goela abaixo, querido, não vai ter sucesso nenhum. Nenhum árbitro vai se sentir pressionado por alguma coisa ali no vestiário. Uma abordagem mais educada tem um efeito muito maior do que da forma que foi feita.

Fonte: Globo Esporte
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4 comentários:

  1. O dano causado fica,juiz de futebol é igual á médico;o erro tem consequências sérias !

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  2. O dano causado fica,juiz de futebol é igual á médico;o erro tem consequências sérias !

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  3. a arbitragem sempre benificia os times paulistas porque sera?

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  4. corinthians x figueirense, porque o goleiro do corinthians nao foi expulso, ja que era o ultimo homem da defesa e se fosse o goleiro di figueirense sera que ele tambem nao seria expulso, eu duvido se fosse do figueirense com certeza seria expulso,

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