O Flamengo de Muricy Ramalho era engessado ao atacar e expunha a defesa com as linhas adiantadas e a incapacidade de controlar o jogo. Dois pontas abertos tirando os corredores dos laterais, William Arão avançando e deixando um buraco na intermediária defensiva.
Com dois jogos sob o comando de Zé Ricardo, o Flamengo está longe de ser brilhante e as vitórias sobre Ponte Preta e Vitória não podem ocultar isso. A equipe, porém, já ocupa melhor os espaços em campo. A distribuição dos jogadores e a movimentação são mais inteligentes.
No primeiro tempo com Mancuello. Aberto à esquerda, mas também circulando por todo o ataque. Na melhor oportunidade, Felipe Vizeu fez toda a jogada por aquele lado e serviu o argentino que perdeu gol feito e Marcelo Cirino desperdiçou sem goleiro.
O atalho, porém, era pela direita, com Rodinei levando vantagem sobre Diego Renan e Dagoberto. Porque Marcelo Cirino se movimentava. Assim como Mancuello e Alan Patrick deixando o corredor para Jorge apoiar.
O meio-campo ficou mais compacto com Arão próximo de Márcio Araújo. Em números um 4-2-3-1. Muralha quase não correu riscos, foram apenas três finalizações do Vitória no Raulino de Oliveira. Vinte desarmes certos rubro-negros, oito de Arão.
O problema é construir volume de jogo, já que o time, mesmo evoluindo, ainda é descoordenado. A tomada de decisão dos jogadores e os deslocamentos não estão afinados.
O gol saiu no abafa da segunda etapa, com Vizeu. Uma das duas finalizações no alvo, de 14 no total. Nada que encante, mesmo crescendo com a entrada de Everton. Depois Gabriel e Cuéllar. O Vitória não se mostrou capaz de proporcionar um teste importante. O Palmeiras que virou para 4 a 3 sobre o Grêmio no Pacaembu deve ser.
No Mané Garrincha será possível observar mais e melhor o time de Zé Ricardo e Vizeu. Um novo Flamengo que ganha confiança no G-4.
Fonte: Blog do André Rocha / Uol
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