Corinthians e Flamengo terão exclusividade no Pro Evolution Soccer 2016. O primeiro já oficializou. O segundo está acertado, mas falta assinar contrato. Por isso ambos vão receber muito mais da Konami, desenvolvedora do game, do que outros clubes. Em vez de cerca de R$ 30 mil, como todos, faturarão até R$ 600 mil – os valores dependem do câmbio da data do pagamento, porque são pagos em dólar, por isso são pouco precisos. E há um segundo fator que ajudou muito na valorização dos acordos: Arena Corinthians e Maracanã.
Os contratos de licenciamento embutem um número de "ativações" (como o mercado chama ações para divulgar um investimento) nos estádios. Ainda não há nada definido, mas isso significa que será possível realizar campeonatos de futebol eletrônico dentro da Arena Corinthians e do Maracanã sem que a desenvolvedora tenha de pagar aluguel. A Konami não teve de desembolsar nada a mais para usar a arena corintiana na noite da terça-feira (25), quando apresentou a jornalistas os games PES 2016 e Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, por exemplo. Também significa que dentro do jogo, claro, os dois estádios serão retratados da maneira mais fiel possível.
Prometer exclusividade à Konami acarreta em ausência no Fifa da EA Sports. É um "problema" para Corinthians e Flamengo porque este é o líder em vendas no Brasil. Em janeiro deste ano a consultoria GfK divulgou que os games mais comercializados em 2014 no país foram: Fifa 2014 em primeiro, Fifa 2015 em segundo e PES 2014 em terceiro. Logo, a garotada corintiana e flamenguista adepta do Fifa, que é maioria, não poderá jogar com o time para o qual torce. Os dirigentes de ambos os clubes sabem, lamentam, mas preferem, neste momento, ir pelo caminho que gera mais receita.
Do lado da Konami, a esperança é que as exclusividades de Corinthians e Flamengo, somadas às ações de ativação previstas nos dois contratos, ajudem a diminuir a diferença nas vendas para o Fifa. Pesquisas de tamanho de torcida variam, mas geralmente dão aos dois times entre 30% e 32% do total de torcedores de futebol no Brasil. Como a empresa já assinou contratos com todos os outros 18 clubes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, mais os quatro rebaixados à segunda na temporada passada, já garantiu que a arma não possa ser usada pela EA Sports contra ela mesma.
Fonte: Revista Época
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