Com duas negociações no apagar das luzes na janela de transferências de fora para dentro do Brasil, o Flamengo espera disputar o segundo turno completo e mais equilibrado, como definiu o diretor de futebol Rodrigo Caetano. O equilíbrio por posições para virarem peças no esquema tático de Cristóvão, porém, passa também pela contabilidade do clube da Gávea. Sem vendas expressivas neste ano e nas últimas temporadas – ano passado ficou em 10º no ranking dos clubes brasileiros que mais arrecadaram com transferências e em 2013 não aparece nem entre os 12 primeiros da lista -, o clube aguarda o fim da janela de saída para equilibrar suas contas.
No orçamento do Flamengo, há previsão de vendas que atinjam valor de R$ 10 milhões. Entre as sondagens recentes, a diretoria aguarda proposta oficial para analisar a venda do zagueiro Samir. No ano passado, a venda de Hernane representava, em tese, quase o dobro do valor esperado para receber em vendas de direitos de jogadores neste ano – segundo balanço patrimonial do clube, o Flamengo arrecadou com cessões de direitos econômicos R$ 19,5 milhões.
Líder em arrecadação no futebol brasileiro em 2014, com receita total de R$ 347 milhões, o Flamengo nos últimos tempos dependeu menos das vendas de jogadores e mais das receitas oriundas de patrocínio e das cotas de TV. O que não quer dizer, absolutamente, que possa prescindir da arrecadação com venda de atletas, um dos principais tripés de receitas no futebol brasileiro.
– Precisamos (vender), claro. Mas as janelas (de transferências) são descasadas. Trouxemos jogadores agora, mas a janela de saída vai até o final de agosto. Existe a necessidade (de saída de atletas). Nenhum clube no futebol brasileiro pode se dar ao luxo de não vender. O (clube) que falar diferente, na minha visão, está faltando com a verdade. Você forma, tem o retorno técnico do atleta e depois tem o retorno financeiro – lembrou o diretor de futebol do Flamengo, Rodrigo Caetano.
Na busca por reforços para este ano, o Flamengo se alimentou principalmente do mercado interno. Foi assim com Marcelo Cirino, ex-Atlético-PR. Também foi desta maneira com Ayrton e Alan Patrick, do Palmeiras, e Guerrero e Sheik, que pertenciam ao Corinthians. As contratações de César, por empréstimo ao Benfica, e de Ederson, que rescindiu com a Lazio, eram promessas da diretoria rubro-negra para este ano: o presidente Eduardo Bandeira de Mello dizia que em 2015 os valores de investimentos já seriam mais altos. E em 2016, a expectativa é de mais contratações. No orçamento aprovado para este ano – que inclui R$ 20 milhões em aditivo para contratações -, a previsão de investimentos em aquisição de atletas era de R$ 30 milhões.
– Neste momento, procuramos justamente contratar jogadores para dar equilibrada boa no elenco. Precisamos de opções no segundo semestre, num momento em que não podemos pecar por não ter jogadores especialistas na função – afirmou o diretor do Flamengo.
Fonte: Globoesporte
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