Considerados os jogos decisivos dos últimos dois anos, os árbitros da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) têm cometido bem mais erros do que em outros Estados. Mesmo assim, os juízes do Rio continuam a ser os mais caros do país em 2015 como já ocorria em 2014.
No final de semana, a arbitragem das semifinais custou R$ 19.236 por partida, incluindo INSS e confrontos sub-20. Em um jogo, deu gol em que houve impedimento de jogador do Botafogo. Em outro, marcou pênalti inexistente em favor do Vasco contra o Flamengo, entre outros erros. Também houve falhas em boa parte dos clássicos.
O valor gasto é levemente mais baixo do que no ano passado quando as semifinais geraram R$ 21 mil para os árbitros do Rio – lembre-se havia cinco em campo naquela ocasião. O blog mostrou que, em 2014, a arbitragem carioca já era a mais cara do país com cerca de R$ 40 mil em uma final.
Em Minas Gerais na atual temporada, todas as taxas somadas para as semifinais giram em torno de R$ 6 mil no caso de árbitros Fifa. Na final da Copa do Brasil, gastou-se R$ 13 mil por trio de arbitragem por jogo – lembre-se que as partidas tiveram rendas bem superiores do que o Estadual do Rio. O Rio Grande do Sul e São Paulo também têm taxas menores do que as cariocas.
Questionada, a Ferj explicou que não considera os valores altos: informou que elas são acertadas entre a federação e a comissão de arbitragem antes do campeonato. A argumentação da federação é de que os valores são baixos consideras as rendas milionárias e a necessidade de qualificação dos árbitros. Lembra que eles passam por treinamento, psicólogos, etcs.
O dinheiro não vai diretamente para as mãos dos árbitros. É destinado à Coopaferj (cooperativa de árbitros), teoricamente, formada para facilitar o recebimento dos valores visto que os juízes não são profissionais. Um de seus diretores é Jorge Rabello, que acumula o cargo com a presidência da comissão de arbitragem. Não foram encontrados representantes da cooperativa pelo blog.
Os árbitros mais bem remunerados são bem jovens: a Ferj conta que fez uma renovação no quadro e que a média de idade caiu de 39 anos para 32 anos nos últimos sete anos. A avaliação da federação em relação ao ano passado foi de que houve poucos erros, em torno de 4%, mas o problema é que um deles foi no jogo do título. O relatório deste campeonato não está pronto.
Não se sabe qual a nota da arbitragem do Estadual: certo é que esta receberá uma boa recompensa financeira na final independentemente do resultado.
Fonte: Blog Rodrigo Mattos
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