“O VAR beneficiou o Flamengo”: após mais uma rodada do Brasileirão, com vitória sobre o Santos na Vila Belmiro, rivais repetem o mantra como uma verdade absoluta.
Porém, posso garantir desde já que O VAR NÃO BENEFICIOU O FLAMENGO.
Nem nesta rodada, e nem nas outras.
O VAR chegou ao futebol com o intuito de reparar erros crassos e evidentes. No futebol brasileiro, isso deixou de ser verdade e é óbvio que cabe (muita) discussão. Mas no Santos 0x1 Flamengo, a reclamação a ser feita é por conta do tempo para as decisões, e não para o que foi decidido.
A equipe da casa teve dois gols anulados. O primeiro, marcado por Raniel, não cabe discussão: impedimento, com a tecnologia que a CBF utiliza, não é caso de “eu acho”. É fato, e fato não se discute – seja o impedimento por 1 centímetro ou por 1 metro.
No segundo, sim, cabe discussão. Jobson, em condição irregular, tentou desviar a falta cobrada por Marinho. É certo que o jogador santista não tocou na bola. Porém, na visão do árbitro Wilton Pereira Sampaio (que tem pouquíssimo pulso, por sinal), a movimentação do jogador interferiu no resultado – por influenciar a marcação da defesa e a ação do goleiro Diego Alves. Gol anulado, em lance discutível. Não seria um pecado o gol valer. Assim como não é pecado ele ter sido impugnado.
O que cabe de reclamação em relação ao VAR no Santos x Flamengo, comandado por André Luiz de Freitas, é em relação ao tempo gasto para as decisões, o quebra ritmo de jogo, prejudica concentração e até na questão fisiológica dos atletas. E essa contestação cabe tanto a rubro-negros, quanto a alvinegros.
Retomando rodadas anteriores, também há quem repita que o Flamengo foi beneficiado contra Grêmio e Botafogo, por pênaltis marcados na reta final dos jogos, ambos com auxílio do VAR.
Ora, mas qual seria o benefício por ter pênaltis evidentes marcados pelo VAR? O correto seria que os rivais levassem os pontos com os erros de arbitragem? Acho (só acho) que essa segunda opção SIM representaria benefício a um clube.
Então, repito: não houve um pingo de favorecimento ao Flamengo, e isso seria óbvio para torcedores que enxergassem o futebol um pouco além dos gostos pessoais e rivalidades. Mas entendo o desespero de quem viu o Flamengo levantar tudo em 2019 (e agora tomo o espaço para uma pitada de clubismo): é mais fácil desmerecer e contestar do que ver no sucesso do rival um exemplo de como crescer.
Fonte: Coluna do Flamengo
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