Embora satisfeita por seu jogador disputar a Copa, a diretoria do Flamengo recebeu a notícia da liberação com sentimento de que o clube foi o maior prejudicado no episódio de doping sem ter culpa.
Por isso, primeiro, o clube quer saber se decisão permite utiliza-lo após o Mundial. Segundo, já discute um processo contra a Federação do Peru por perdas e danos até porque há bastante irritação com a situação.
Guerrero foi pego em exame antidoping quando estava com a seleção peruana, em partida das eliminatórias da Copa. Foi encontrado um metabólito da cocaína. Sua pena inicial de seis meses foi estendida para 14 meses no CAS. Nesta quinta-feira, o tribunal suíço o liberou provisoriamente permitindo que ele jogue a Copa.
Advogados e dirigentes do Flamengo ainda avaliam a decisão para saber se vale apenas para a Copa, ou se estende para jogos posteriores. Uma interpretação é que o tribunal só o liberou para o Mundial. Outra é de que valeria até a publicação dos fundamentos da decisão do CAS e de recurso posterior ao tribunal suíço. Neste segundo caso, ele poderia completar seu contrato com o clube jogando até este prazo.
Outra questão é se o clube anula a suspensão do contrato do jogador já feita com base na decisão do CAS. Essas respostas devem ser obtidas pelo clube em breve para tomar decisão.
Uma discussão a parte no Flamengo é um processo contra a Federação Peruana. Há dirigentes rubro-negros bastante irritados com a entidade visto que foi sob o seu controle que Guerrero foi pego no doping, e o clube ficou com o prejuízo. Um processo civil poderia ser movido na Justiça do próprio Peru.
A questão é a viabilidade do processo e a chance de vitória para decidir se de fato haverá um processo contra a federação. Em sua nota sobre a decisão, Guerrero agradeceu a federação, e não mencionou o Flamengo.
Fonte: Rodrigo Mattos
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