Enquanto o Flamengo teve na temporada passada mais uma rodada de boas novas nas finanças — receitas elevadas, mais investimentos no futebol, redução de dívidas —, Botafogo, Fluminense e Vasco continuaram a se prejudicar por condições financeiras que arriscam a competitividade em nível estadual no médio prazo.
Em estágios diferentes de desespero, os três grandes clubes cariocas viram a disparidade em relação ao rival rubro-negro aumentar mais uma vez.
Ainda que dos quatro tenha o maior endividamento, o Botafogo foi o que melhor reagiu à crise financeira no ano passado. No terceiro e último ano do mandato de Carlos Eduardo Pereira, as receitas foram elevadas em 48% com bons sinais em quase todas as linhas. As bilheterias do Nilton Santos renderam o triplo do ano anterior, os sócios torcedores também triplicaram, e os patrocínios renderam o dobro. Os R$ 238 milhões não são suficiente para sanar os problemas financeiros alvinegros, mas ao menos houve avanço.
As dívidas botafoguenses continuam a atrapalhar. Mesmo depois de ter entrado no Profut para equacionar dívidas fiscais e de ter repetido o movimento com o Ato Trabalhista, pelo qual se formou uma fila de credores para receber salários não pagos, os R$ 705 milhões têm um efeito perverso no fluxo de caixa. Metade de todas as receitas é destinada ao pagamento das dívidas mensalmente, fato que impede o time de futebol de receber maiores investimentos. É por isso que, mesmo depois de três anos de austeridade e responsabilidade fiscal, o Botafogo continua a depender da eficiência de seu time para vencer.
Fonte: O Globo
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