Pichações, pipocas, bananas, xingamentos e quase troca de agressões. De Bogotá ao Rio, do Rio a Fortaleza, o time do Flamengo foi alvo de protestos com níveis de hostilidade diferentes, mas insatisfação alta em todos eles nos últimos dias, desde o último tropeço na Libertadores.
Hoje, a equipe volta a campo contra o Ceará, às 16h, pelo Brasileiro, com um clima insustentável para alguns jogadores.
Principalmente para o meia Diego, o goleiro Diego Alves, o volante Willian Arão e o zagueiro Réver. O quarteto integra um grupo que pretende conversar com a diretoria rubro-negra após a partida para entender que ações serão tomadas para dar respaldo ao trabalho do elenco. A saída de alguns atletas insatisfeitos não está descartada dependendo do desenrolar dos acontecimentos.
Há expectativa da segurança do clube por um novo protesto em caso de derrota na chegada ao Rio, amanhã. Na saída da cidade, houve confusão e intimidação aos atletas. Pipocas foram jogadas nos atletas. Diego Alves revidou e atirou café em um torcedor. Diego não reagiu. Em Fortaleza, os jogadores só deixaram a área de desembarque com reforço da polícia local. Também foram recebidos com pipocas e coro de “time sem vergonha”.
O Flamengo repudiou os protestos em nota oficial. Nenhum atleta falou. Nem o diretor de futebol, Carlos Noval, nem o presidente Eduardo Bandeira de Mello. O vice Ricardo Lomba lamentou, em entrevista à FOX Sports, na madrugada de ontem. Na nota, o Flamengo classificou como “absurda” a atitude de alguns torcedores organizados, "que estiveram no aeroporto internacional Tom Jobim para intimidar e tentar agredir os atletas".
“O Flamengo sempre respeitará o direito de seu torcedor em expressar insatisfação. Porém, o clube jamais vai aceitar atos de intimidação como estes, que se tornaram uma realidade infeliz no futebol brasileiro. Tentativas de agressão, verbais ou físicas, no ambiente de trabalho de qualquer profissional são inadmissíveis”.
A péssima atuação do Flamengo contra o Santa Fe não deve levar o técnico Mauricio Barbieri a promover alterações na equipe que enfrenta o Ceará. O time base deve ser mantido, com Diego no comando do meio-campo e Vinicius Junior no ataque, no lugar de Everton Ribeiro.
Apesar da sequência de protestos e cobranças a alguns atletas, como Diego, Arão e Diego Alves, nenhum jogador deu sinais de que não vá entrar em campo por conta de algum abalo. O elenco treinou ontem em Fortaleza, onde recebeu carinho de torcedores de uma escolinha do clube na região.
O assédio aconteceu no hotel e no estádio do Pici. Os jogadores atenderam os torcedores com fotos e autógrafos, coisa que não fizeram nem no treino aberto no estádio do Maracanã. Nenhum deles comentou as cobranças, nem o técnico Barbieri.
Fonte: Extra
Nenhum comentário:
Postar um comentário