O companheiro Mauro Cezar Pereira fez as contas. A insistência do Botafogo em negar o Engenhão para os jogos do Flamengo faz o alvinegro perder milhões.
Muito dinheiro para o clube brasileiro que mais deve: ao final de 2016 (o balanço de 2017 ainda não foi divulgado) a agremiação carioca tinha dívida de R$ 751,5 milhões.
Só em 2017, o clube perdeu a chance de arrecadar até R$ 10 milhões.
Muito dinheiro para o clube brasileiro que mais deve: ao final de 2016 (o balanço de 2017 ainda não foi divulgado) a agremiação carioca tinha dívida de R$ 751,5 milhões.
É fato que nos últimos anos o Botafogo foi muito mais responsável no controle de suas finanças. Mas ainda falta muito para o time ter uma situação saudável e possa voltar a ter um time de acordo com sua enorme tradição. E a decisão do presidente Nelson Mufarrej de negar o estádio para o maior rival pode, pelo que está escrito no estatuto do clube, até fazer com que ele perca o mandato que acaba de conquistar.
No artigo 88 de seu novo estatuto social, aprovado no ano passado, o Botafogo lista “gestões temerárias” de seus dirigentes. Movimentos que de acordo com o artigo 86 podem fazer o dirigente ser afastado imediatamente do cargo e ficar fora de eleições no clube por até dez anos.
No item sete do artigo 88, o clube classifica como “gestão temerária” o ato de “atuar com inércia administrativa na tomada de providências que assegurem a diminuição dos défices fiscal e trabalhista”.
Simples: se abre mão de faturar, como no caso de negar o Engenhão para o Flamengo, o Botafogo perde a oportunidade de quitar uma parte de suas dívidas.
Será difícil alguém da oposição usar o artigo para pedir a saída de Mufarrej. Se isso acontecer o cartola ainda poderá se apegar no artigo que diz que a “gestão temerária” não sofrerá punição caso o dirigente “não tenha agido com culpa grave ou dolo ou comprove que agiu de boa-fé e que as medidas realizadas visavam a evitar prejuízo maior ao Botafogo”.
Muita discussão que uma pequena pitada de bom senso evitaria.
Fonte: Espn Brasil
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