Revelado pelo São Caetano e um dos destaques no título Carioca do Flamengo de 2004, Roger Guerreiro está vivendo uma nova fase na vida.
Após voltar da Polônia e rodar por diversos times pequenos, o jogador se desiludiu com o futebol e se tornou motorista de Uber.
Roger tem atualmente 35 anos e, durante passagem pelo Flamengo, foi considerado um carrasco do Fluminense, marcando três vezes contra o rival. Depois se transferiu para Polônia, se naturalizou e jogou a Eurocopa de 2008, inclusive marcando gol na estreia, o primeiro da história do país na competição.
Em 2013, voltou ao Brasil e atuou em diversos times pequenos, mas cansado dos calotes que levava, resolveu deixar o futebol de lado.
“Estou sem clube. Tive até alguns contatos de times das Séries C e D, mas estou meio desanimado com o futebol brasileiro. Estou com quatro ou cinco ações trabalhistas contra clubes. Depois da Europa passei por clubes de menor expressão e é muito difícil. Eles pagam só o primeiro mês, depois não pagam mais. Tem clube de 2014 que ainda não recebi, então você vai desanimando. Depois do Rio Verde dei uma parada e aqui não tenho interesse. Só se aparecer algo com uma estrutura legal”, declarou em entrevista ao Uol.
Roger encontrou no Uber a solução financeira para sua vida, mas o jogador ainda planeja trabalhar com esporte.
“Estou com dois filhos pequenos. No fim do mês você tem que pagar as contas. Na minha carreira dei azar. Desses clubes aí, a grande maioria eu não recebi em dia. Costumo dizer que no futebol você vive dentro de uma bolha. Se dedica totalmente e depois que você para, olha para os lados e pergunta: ‘cadê os amigos? O que vou fazer da minha vida?’. Mas com toda a experiência que adquiri ao longo destes 17 anos, pretendo estar no meio. Irei ingressar numa faculdade de Educação Física e tenho um projeto de treinar com crianças, de condicionamento de adultos e crianças”, disse.
Ivan, torcedor do Flamengo, foi passageiro de Roger e conta que se surpreendeu com a atual profissão do ex-rubro-negro.
“Eu entrei no carro e estava trocando ideia normal: ‘Oi! Tudo bem? Boa tarde e tal…’ E aí durante o trajeto conversávamos sobre a relação táxi e Uber e ele falou que vinha da área esportiva, que tinha sido jogador e aí fui reparando. Quando ele falou que o nome dele era Roger, que jogou no Flamengo, lembrou do Fla-Flu, eu falei “Pô, é o Roger Guerreiro!”. E aí teve aquela coisa de fã, de falar de futebol e ele explicou sobre a carreira. No fim bati a foto e foi bacana para caramba”, disse Ivan sobre a foto que ilustra a reportagem.
Fonte: Coluna do Flamengo
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