domingo, 19 de março de 2017

Decisão do título Hoje! Brasil enfrenta o Chile na onda do artilheiro flamenguista, não perca:



Esqueça Barcelona, Real Madrid e a multa de € 30 milhões de por trás do nome de Vinicius Junior. O garoto do Flamengo e da seleção sub-17 é apenas isso: um garoto que não completou nem 17 anos.



A cada golaço abre sorrisão com aparelho nos dentes que o faz brilhar mais ainda.

Nesta noite, contra o Chile, às 22h15 (de Brasília), em Rancagua, no estádio El Teniente, ele quer fazer mais para o Brasil a levantar o 12º troféu do Sul-Americano da categoria. O jogo decisivo terá transmissão do SporTV, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real. Com empate, o Brasil pode ser campeão se o Paraguai não fizer goleada de sete gols de diferença sobre a Colômbia.
Até seis meses atrás, antes do staff do atleta recomendar que ele mudasse de hábito, Vinicius ia com o pai e com os amigos para a arquibancada torcer para o seu Flamengo, time do coração e com quem assinou o primeiro contrato profissional, até 2019, há seis meses. 

Nascido no bairro de Mutuá, em São Gonçalo, Vinicius já se mudou duas vezes desde que começou a treinar no Fla. Morou na Piedade com o tio e agora vive com a família - tem um irmão e uma irmã - perto do centro de treinamento do clube, em Vargem Grande. Vida de jovem estrela que muda a cada dia. Mas devagar. Ele volta do Sul-Americano para jogar nos juniores do Flamengo. 

Entre uma entrevista e outra no Chile, Vinicius teve bate-bola com o GloboEsporte.com, no hotel. O garoto esqueceu um pouco a badalação, sorriu muito e falou mais à vontade. 

GloboEsporte.com: Tirei foto sua no Brasil x Colômbia, no jogo para ajudar as vítimas da Chapecoense. As pessoas já o reconhecem na rua?
Vinicius Junior: Naquele jogo o pessoal me reconheceu bastante. Eu estava com o Rafael Santos, que é zagueiro dos juniores do Flamengo, um outro amigo, meu pai e meu tio. Eles estavam comigo aqui no Chile também, mas já foram embora. 

Você tem sido muito procurado para dar entrevista. Você gosta?
Ah, mais ou menos, mas estou mais tranquilo agora. O pessoal do Flamengo, da Traffic (representantes do jogador), da CBF, me ajuda. Comecei a dar entrevista com uns 15 anos, eu acho. Depois da Copinha que aumentaram bastante (os pedidos de entrevista). Antes, eram bem poucos. Os jogos não eram televisionados, então era muito menos. 

E como foi seu início? Você é de São Gonçalo né?
Foi numa escolinha do Flamengo, aos cinco anos. Lá no Mutuá. Aí, o professor tem contato com o Flamengo. Com 10 anos ele me levou direto para o campo. Era um campo de society lá na escolinha, mas depois fui para o salão no Canto do Rio, de Niterói, onde fiquei até os 10 anos. 

E jogava na rua também?
Jogava. Bastante. 

Como era o campo?
Era areia mesmo. Na rua, descalço (risos).

Muita gente fala que a habilidade se desenvolve nesses campinhos. Você também acha?
Acho sim. Ajuda muito. Na quadra também aprendi bastante dribles curtos. Aí depois para botar no campo, com grama boa, é bem mais fácil. 

Qual seu drible preferido?
A lambreta e elástico. 

E o balão? Você deu três num jogo aqui.
Balão é mais fácil. Mas sai mais no improviso mesmo. 

Quem te inspira a fazer essa lambreta? Você deu uma em São Januário contra o Vasco.
O Falcão. Mas aquela lambreta de costas que ele dá nunca fiz em jogo, não. Tem que treinar mais (risos). 

Como é a vida de um garoto que treina, viaja, joga no fim de semana? Como era a vida antes?
Eu gostava de soltar pipa, jogar bolinha de gude. Brincar de pinque-esconde. Agora não dá mais. Mas a gente improvisa, chama os amigos para casa, fica jogando videogame, que é quase a mesma coisa também. 

Joga o que no videogame?
Futebol e NBA. Gosto bastante de NBA. 

Qual teu time na NBA? 
É o time do Lebron. Onde ele está eu estou (risos). 

E no futebol?
No futebol é Flamengo. Mas como no Fifa não tem o Flamengo jogo com o Barcelona por causa do Neymar. 

E aquela mensagem que o Neymar te mandou? Você já o conhece pessoalmente?
Um amigo dele, que é meu amigo, pediu para o Neymar. Ele (Neymar) já me conhecia, tinha assistido alguns jogos e me mandou mensagem depois do jogo. Fiquei muito feliz com a mensagem dele. Mas ainda não o conheci, não. Vou tentar conhecer no jogo do Brasil em São Paulo, vou lá tentar conhecê-lo. Nas olimpíadas não consegui. Assisti todos os jogos, mas não consegui encontrá-lo. 

Vi umas fotos suas em Las Vegas. Viajou de férias?
Foi de férias, mas fui com a Traffic fazer trabalho na Exos, que trabalha com o Flamengo. Fizeram trabalho de avaliação, de fortalecimento.

Você falou que ainda precisa se desenvolver mais até chegar ao profissional. O que acha que precisa?
Acho que é mais um trabalho psicológico mesmo. No profissional a gente cansa mais. No profissional, fiz um jogo-treino quando voltei da Copinha, mas cansei bastante. Acho que foi psicológico mesmo. 

Como foi treinar no profissional? Conversou com os jogadores?
Treinei três dias. Conversei mais com o Rodinei. Mas eu tenho mais contato com o Vizeu, Paquetá, os garotos que vieram da base. 

Eu vi no seu Instagram, você disse que é mais bonito que o Rodinei...
Lógico (risos). 

Você se inspira também em NBA, falou do Lebron, cita frases do Michael Jordan. Qual mensagem dele que te marca, que te inspira no dia a dia para seu futebol?
Li um livro dele. A frase que eu gosto é “o medo é uma ilusão”, que ele fala. Isso que guardo na mente. 

Fora videogame, o que dá para fazer no tempo livre? Gosta de ver filme?
Vejo Netflix. Estou esperando agora a quinta temporada do “Prison Break”.

Você é rubro-negro de criancinha. Ia muito a jogos?
Fui a primeira vez com seis anos, num Flamengo x São Paulo. Entrei em campo com os jogadores, isso foi em 2006. Tinha seis anos só.

A família toda é rubro-negra. Você contou que seu irmão é jogador também né.
Isso, José das Neves. Ele é goleiro, está na escolinha do Flamengo, lá em São Gonçalo. Ele é bom. Só que agora mudei para o Rio e meu pai está vendo ainda onde ele vai treinar. Mas o Noval (Carlos Noval, diretor da base) já me disse que daqui a um ano mais ou menos ele vai para o Flamengo fazer um teste. 

Por que ele virou goleiro?
Sei lá. Ele gosta de futebol e quer brincar um pouco (risos). Mas tem altura. Vai ser bom também.

Neste domingo o estádio vai estar lotado. Você já foi campeão invicto do Sul-Americano sub-15 e já conhecido dos adversários. Eles te provocam?
Até que não provocam muito, não. Se eles falam alguma coisa, finjo que nem escuto. 

Alguma coisa que eles falaram você lembra?
Não, eles são mais de bater mesmo. Falar, não falam muito não (risos). 

Nesse jogo contra a Colômbia eu ouvi da arquibancada uma porção de “mal parido”. Ouviu nada disso?
Não. Só escutei alguém falando para eu parar de me jogar toda hora. O número 4, que levou cartão amarelo, disse isso para mim. Mas não me joguei não. Ele chegou para machucar (risos). 

CHILE X BRASILLocal: Estádio El Teniente, em Rancagua, cidade a cerca de 100 km de Santiago, no Chile.
Horário: 22h15
Transmissão: SporTV
Escalação provável do Brasil: 
Gabriel Brazão, Wesley, Vitão, Lucas Halter, Wewerson; Victor Bobsin, Marco Antônio, Alan; Paulinho, Vinicius Junior e Lincoln.

Fonte: GE

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