O tom de conflito já não está mais nas palavras dos dirigentes do Rosario Central. O clube, detentor de metade dos direitos econômicos de Donatti e dos federativos do zagueiro, admite entendimento com o atleta pela rescisão amigável. Ficou para trás, por enquanto, o incômodo com o Flamengo e com o jogador, que segue sem treinar no clube de Rosario. Havia até passagem comprada para o zagueiro viajar para o Rio nesta quarta-feira, mas as partes preferiram esperar os ajustes finais.
- Estamos conversando com o representante do jogador, buscando a rescisão - disse o vice-presidente Ricardo Carloni.
Depois de garantir a permanência do lateral Salazar, que interessava ao River Plate, o dirigente demonstrou que o clube argentino "baixou a guarda" e que o entendimento está mais próximo.
- Sim, está mais perto. Existe essa possibilidade - disse Carloni, quando questionado sobre um desfecho positivo para o Flamengo e Donatti nesta quinta-feira.
Em entrevista à Rádio Belgrano, da Argentina, o zagueiro quebrou o silêncio e manifestou o desejo de deixar o seu país natal. Donatti afirmou que seu ciclo dentro do Central acabou.
- A diferença é que tenho que ir agora, eu tenho 30 anos. Para mim e minha família já cumpri um ciclo em Rosario Central. Tenho uma oferta do Flamengo, mas não me deixam ir. Dei minha palavra ao técnico Coudet de jogar mais seis meses no Rosario Central e cumpri.
Depois de colocar os valores na mesa - US$ 1,4 milhão por 100% dos direitos econômicos do atleta de 29 anos -, o Flamengo aguarda de camarote o fim da negociação entre Donatti e o clube, que discutiam a forma de rescisão. No início, o Central queria os US$ 2 milhões estabelecidos em contrato, mas o jogador acenou com a possibilidade de recorrer à federação argentina de futebol e até a Fifa para valer seu direito de deixar o clube - já que tem metade dos direitos econômicos e os valores já seriam cobertos pela proposta rubro-negra.
Alejandro Donatti bateu o pé no fim da semana passada para se transferir para o Flamengo, que o ofereceu bom aumento salarial - na casa dos R$ 200 mil, com contrato de três a quatro temporadas - e o fez recusar duas propostas de extensão de contrato no Rosario Central. Ele não treina no clube desde a última quinta-feira e, mesmo após ser notificado para retornar as atividades em Rosario, ficou fora do clube.
Fonte: O Globo
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