Os jogadores do Flamengo não digeriram a declaração do técnico interino Jayme de Almeida sobre a falta de empenho na derrota para o Atlético-PR. Os atletas acharam exagero Jayme dizer que nunca houve derrota mais vergonhosa desde que ele era jogador do clube.
— A discordância foi em relação ao que ele falou sobre o jogo. Eu tenho o direito de discordar e achar que não é coerente da parte dele falar o que ele falou — disse Wallace na noite desta segunda-feira, em evento no Rio.
Mais cedo, no aeroporto, o capitão já havia demonstrado descontentamento e deu sua opinião de forma mais amena.
— Discordo dele, mas ele tem o direito de achar isso. Acho que a gente sofreu derrotas piores do que essa, e nada foi falado. Foi de momento, cabeça quente, ele tem o direito de falar isso. Respeito, mas vida que segue.
A diretoria lavou as mãos e não comentou a desavença. Os jogadores entendem ainda que os cartolas decretaram férias ao anunciar a saída de Oswaldo de Oliveira na véspera do jogo contra o Atlético-PR. O clima é péssimo. E todos estão torcendo para que o ano acabe de vez por conta da interferência política.
Ao falar sobre a possível chegada de Muricy Ramalho para o cargo de treinador, Wallace elogiou, mas pediu condições de trabalho.
— Muricy fala por si só, extremamente vencedor, a tendência é que as coisas fluam bem. Mas tem que ter uma série de coisas que dê suporte e que os jogadores se conscientizem e deem algo mais. Pelos problemas que a gente teve esse ano, ano político, um turbilhão, especulação, o cara que não conhece sente. A parte política interfere muito no campo — disse o jogador, que não garantiu permanência em 2016.
— Não sei. Tem que perguntar isso para a diretoria, tem que ver.
As mudanças no elenco devem ser mais profundas que se imagina.
Fonte: Extra
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