Depois de uma semana inteira de treinos fechados, o técnico Cristóvão “saiu da toca”, mas fez papel de “bom cabrito”, como ele mesmo se classificou. Manteve o silêncio sobre os trabalhos realizados e a escalação, mas ao menos tentou dar uma explicação caso utilize novamente um time com três volantes contra o Santos, no Maracanã, opção pouco provável.
Visivelmente incomodado com os questionamentos sobre uma formação defensiva, sem criatividade no meio-campo, o treinador, primeiro, disse que não iria rebater as críticas, mas ironizou, falando que o rótulo é tão bem vendido que até crianças o perguntam dos três volantes.
— Bom cabrito não berra. Sem problema. Vou continuar apanhando quieto. Quero só que a bola entre — ponderou, completando. — Sou abordado por crianças na rua até. Não se discute futebol. É como se fosse moda. Todos falam a mesma coisa. Ninguém pergunta o porquê, para quê, porque se joga assim, qual razão — berrou.
Ao externar a falta de debate sobre os motivos de ter uma equipe com três volantes, sendo dois marcadores — Cáceres, Márcio Araújo e Canteros —, Cristóvão teve o espaço para se explicar. E disse que desde que chegou detectou falha defensiva do conjunto e dificuldade de manter a bola no ataque. Panorama que mudou com as vindas de Sheik e Guerrero.
— A nossa equipe defendia mal, tomava muitos gols. Começamos a arrumar pela cozinha, por isso jogando com três volantes — explicou, indo adiante com a tese:
— A partir do momento que chegou Guerrero, Emerson, a gente prende mais a bola. Quando a defesa estiver boa, vamos jogar só com dois volantes — prometeu.
A justificativa se estendeu à montagem tardia da equipe, com a chegada de reforços nas últimas semanas. Segundo Cristóvão, o time ideal hoje pode ter um volante.
— Estamos montando a equipe agora. Guerrero e Emerson ajudaram a jogar adiantado.Temos que melhorar na defesa ainda. Quando estiver bom, dá para usar um volante — ousou.
Fonte: Extra
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