O Flamengo quer reforçar o elenco com as chegadas dos corintianos Guerrero e Petros. A dupla é considerada ideal por dirigentes e pelo técnico Vanderlei Luxemburgo para dar o salto de qualidade tão cobrado pela torcida. Entretanto, a missão rubro-negra é bastante complicada e vista com desconfiança até dentro dos muros da Gávea.
A diretoria negocia com atletas e representantes, mantém a cautela e mostra-se receosa com o desfecho positivo. Os altos valores envolvidos são obstáculos consideráveis. Ainda assim, o Rubro-negro traçou estratégias para tentar impactar o mercado da bola nacional.
O clube deposita na bandeira da responsabilidade financeira um trunfo importante para atrair os jogadores. Embora, parte do elenco esteja com os direitos de imagem atrasados, os vencimentos em carteira seguem em dia. Obter a redução nas pedidas milionárias do atacante Guerrero e do meia Petros é condição imprescindível para as negociações avançarem.
O camisa 9 corintiano é o sonho de consumo do técnico Vanderlei Luxemburgo. O contrato de Paolo Guerrero com o clube termina em 15 de julho e a pedida para a renovação é alta. O peruano quer R$ 18 milhões em luvas e salários de R$ 500 mil. O valor é inviável para Corinthians e Flamengo.
Desta forma, os cariocas querem aproveitar a paixão do atacante pelo Rio de Janeiro para convencê-lo a reduzir as luvas. O Flamengo trabalha com o máximo de R$ 12 milhões na cota, diluídos nos três anos de vínculo.
Outra possibilidade envolve R$ 4 milhões à vista e R$ 8 milhões divididos em 36 meses. Guerrero poderia embolsar R$ 500 mil em salário e mais R$ 222 mil mensais de luvas.
Na Gávea, a ousadia em negociar com o centroavante peruano tem apoio, mas também é vista como “loucura” pelos membros mais radicais da administração Bandeira de Mello. Estes defendem que o Flamengo não deve apostar em contratações caras e cobram melhor desempenho do técnico Vanderlei Luxemburgo e do elenco que avaliam capaz de fazer um bom papel.
O caso de Petros é um pouco mais simples do que o de Guerrero, porém, não menos complicado. O Corinthians deve R$ 6 milhões ao empresário Fernando Garcia e as partes trabalham com o mesmo valor para a venda de 50% dos direitos econômicos do atleta.
O Flamengo decidiu não arcar com o montante e sinalizou para a possibilidade de pagar até R$ 4 milhões divididos em quatro anos de contrato. Os dirigentes voltaram a conversar e resolveram reduzir ainda mais o valor. Gastar a verba disponível para contratações de uma só vez está longe do pensamento rubro-negro.
O objetivo é convencer jogadores e empresários de que vale a pena atuar na Gávea. Sob desconfiança e sem pressa, o Flamengo tenta capacitar o elenco e agradar uma impaciente torcida. O tempo dirá se a estratégia está certa.
Fonte: Uol
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