Depois de nove anos, o Flamengo conseguiu voltar às quartas de final de Conmebol Libertadores, na última quarta, diante do Emelec, em uma classificação memorável.
O Rubro-Negro reverteu uma derrota por 2 a 0 na ida, aplicou o mesmo placar no Maracanã e faturou a vaga nos pênaltis.
Em campo, um jovem fazia sua estreia na competição internacional e teve um brilho especial: Matheus Thuler.
Cria da base rubro-negra, o garoto de 20 anos fez dupla com Pablo Marí e foi bastante seguro durante os 90 minutos. Em uma eventual subida ao ataque, teve a bola do jogo nos pés na segunda etapa. Quando o time vencia por 2 a 0, Thuler perdeu um gol praticamente feito, que garantiria a classificação no tempo normal. Só que o chute para fora faz o lancer martelar na sua cabeça a todo instante, durante o resto do jogo, penalidades e horas após o triunfo.
Em um relato emocionante e exclusivo para o FOXSports.com.br, o defensor abriu o coração no dia seguinte à classificação marcante. Contou como foi o papo que teve com Jorge Jesus antes da partida decisiva, revelou quando foi escolhido para jogar e também trouxe bastidores da conversa que teve com Léo Duarte, antigo dono da posição e que recentemente foi vendido ao Milan.
" No treino do dia anterior, eu já tinha ideia que ia jogar, mas não tinha certeza. No dia, ele (Jesus) me chamou para conversar, junto com o Pablo, e ali eu vi que ia jogar. Já fui para o meu quarto, já pensei no que poderia fazer, em como seria o jogo. E passam milhões de coisas na cabeça. E, com a festa maravilhosa que a torcida fez, na saída do CT, no Maracanã, eu estava louco para começar logo o jogo, sair jogando e fazer o que eu mais amo
Ele (Jesus) costuma soltar a relação no dia do jogo. Mas ele já tinha me chamado para conversar antes e eu já tinha na minha cabeça que ia jogar. Primeira coisa que eu fiz foi ligar para o meu pai e comemorar junto com ele. Eu ia ter a oportunidade de ser titular, estava nervoso, ansioso. Ele me passou tranquilidade e tudo correu bem.
Foi um momento de muita alegria, mas também com ansiedade. Foi uma mistura de emoções, realização de um sonho. Jogar a Libertadores, com o Maracanã daquele jeito. Eu, há dois anos, estava no mesmo Maracanã, na arquibancada, torcendo pela Libertadores, apoiando, gritando. Acho que foi um momento maravilhoso na minha vida. Até o juiz apitar pela primeira vez, foi um momento de muita ansiedade. Parecia que estava passando um filme na minha cabeça. Não poderia ter sido de uma melhor maneira. Não sei nem o que eu ia fazer (se marcasse o gol da classificação. (Iria) Escalar a torcida, nem sei o que ia fazer. Seria maravilhoso. Mas vai acontecer ainda, eu tenho fé. Não foi ontem, mas vai ser mais para a frente
Fui conseguir dormir 5h30 da manhã, por aí. Virava para um lado, para o outro e estava complicado "
Fonte: FoxSport
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