O Corinthians criou uma polêmica entre muitos dos seus torcedores logo no primeiro dia de 2017. Neste domingo, o clube usou as suas redes sociais para parabenizar jogadores que têm história no Parque São Jorge e fazem aniversário em 1º de janeiro. Entre eles, o centroavante peruano Paolo Guerrero, que apesar de heroi do Mundial do Corinthians já foi agredido por torcedores corinthianos no centro de treinamento, como também houve tentativa de agressão em Emerson Sheik. Roberto Carlos e Ronaldo Fenômeno que saíram pela porta dos fundos do Corinthians após eliminação precocemente na fase preliminar da Libertadores pelo Tolima em 2011 e até Carlito Teves que saiu assustado na despedida no clube com carro sendo balançado pelos torcedores do time paulista.
“Para começar 2017, um parabéns triplo a três grandes nomes da história do Corinthians: Guerrero (33 anos), Viola (48 anos) e Rivellino (71 anos)”, publicou o Corinthians, dando início à discórdia.
Autor dos gols corintianos no Mundial de Clubes de 2012, Guerrero colocou em xeque o seu status de ídolo, em 2015, ao trair a promessa de só defender o Corinthians no futebol brasileiro. O peruano acabou atraído por uma proposta mais rentável do Flamengo e mudou-se para o Rio de Janeiro.
“Guerrero mercenário”, ofendeu um torcedor, no Instagram. “Guerrero ídolo?”, contestou outro. “Guerrero é o c…”, revoltou-se mais um. “Tira esse traíra!”, emendou um dos irritados. “Riva e Viola, parabéns. Agora, esse outro tal sujeito aí sei lá quem foi”, encerrou um quinto, já no Facebook.
Logo, apareceram também os defensores de Guerrero. “Por que vocês estão xingando? Ele fez o gol do nosso Mundial. Sou muito grato”, advogou um. “Guerrero representou, sim! A vida é feita de escolhas, e ele fez a sua. Viola foi para os porcos, time que ele elogiou, mas está tudo bem, né? Aí, vem um bando de babacas e chama o cara de mercenário. Essa geração Nutella é de rir até 2057”, concordou outro.
Revelado pelo Corinthians, Viola é o autor do gol que deu o título do Campeonato Paulista de 1988 ao clube, porém passou pelos rivais Palmeiras e Santos em sua longa trajetória como jogador. Em 2000, estava no Vasco quando o time que o projetou foi campeão mundial no Maracanã. Hoje, atua com frequência pela equipe corintiana de veteranos.
Já Rivellino era declaradamente um torcedor do Palmeiras na infância. Maior ídolo da torcida do Corinthians entre as décadas de 1960 e 1970, o Reizinho acabou escorraçado do Parque com a derrota para o rival na decisão estadual de 1974. Foi para o Fluminense – clube que defendia na histórica Invasão ao Maracanã, em 1976 –, estigmatizado por jamais ter conquistado um título expressivo como corinthiano.
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