Antes de estrear e marcar o primeiro gol pelo Flamengo, semana passada, diante do Grêmio, Diego conviveu por um mês com a pressão de se tornar, em campo, o ídolo que a torcida tanto esperava e foi abraçar no aeroporto. O meia, que volta ao time neste domingo, às 16h, contra a Chapecoense, virou hit mais cedo que Guerrero. O peruano teve início de gala, com três gols em três jogos no ano passado, mas nunca caiu nas graças dos torcedores. Agora, a camisa que bomba é a 35.
— No momento em que ele foi anunciado já veio torcedor procurar a camisa. Teve uma grande procura atrás da 35 com o nome do Diego — comentou Fábio Torres, gerente da loja Nação Rubro-negro em shopping da Barra.
Um dos torcedores que correram para as prateleiras foi André Habib, professor de educação física e membro de um canal na internet do Flamengo, a Urubucam. Aos 40 anos, o torcedor que viu o título brasileiro de 1980 no Maracanã admite que a torcida carecia de um ídolo à altura de Diego.
— Fazia muito tempo que eu não comprava uma camisa — admite, comparando Diego e Guerrero: — O Guerrero está saturado. Diego começa do zero. É mais ídolo que Guerrero e tem mais carisma. Isso ajuda a se identificar com a torcida — opina.
O Flamengo comemora o aumento na adesão de sócios-torcedores, que estava em queda livre, e o crescimento de seus canais de internet, com o dobro de audiência em seu site e redes sociais.
— Os números de venda de camisas foram expressivos, principalmente entre os sócios-torcedores, que puderam personalizar grátis as novas camisas compradas nas lojas oficiais do clube — explicou o diretor de marketing Bruno Spindel. Embora o clube tenha grande expectativa sobre Diego, a verdade é que Guerrero vendeu mais camisas em seu início. Até agora. A Olimpíada interrompeu o boom inicial da camisa 35.
— Os feriados atrapalharam, mas vendemos bem — comentou Jefferson Paes, outro sócio da loja na Barra.
Com todas as atenções novamente voltadas para o Brasileiro, após a derrota de quarta-feira pela Sul-Americana, os holofotes estão sobre Diego e o Flamengo, que integra o G-4 e luta para alcançar o topo. Em vendas e repercussão, Diego já está em primeiro lugar no clube. Agora falta a faixa de campeão para coroar a reinado.
Interatividade ajudou Diego a bombar retorno
O retorno de Diego ao futebol brasileiro, para o Flamengo, foi um assunto bastante badalado muito em função das redes sociais. O jogador se utilizou de Facebook, Instagram e Twitter — antes, durante e após o anúncio de sua transferência — e viu crescer seu alcance e número de fãs em todas as plataformas. Diferentemente de Guerrero, Diego interagiu com os fãs de maneira bem-humorada. Tudo sob a orientação de uma empresa.
— Foi quase uma “operação de guerra” — explica Rafael Cotta, da Ocean Digital: — Usamos bastante o Twitter para dar indícios de que o acerto viria, postamos no Instagram quando Diego estava prestes a vir ao Rio, acompanhamos a chegada dele à Gávea ao vivo no Periscope, postamos fotos e vídeos em 360 graus da coletiva no Facebook, criamos um Snapchat. Sempre com Diego bastante ativo e suporte do clube.
A negociação foi tuitada entre Diego e o Flamengo. Após o acerto, o meia escreveu uma carta à Nação. E festejou o primeiro gol junto à torcida. Praticamente um ídolo de manual.
Fonte: Extra
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